Respiração Abdominal



Texto de Cyro Masci (http://www.masci.com.br/) sobre respiração, com foco na respiração abdominal, muito boa para o combate ao medo, trazendo força e confiança.


Existem dois meios de se colocar ar nos pulmões: no estilo barriga para dentro, peito para fora, que é a respiração torácica, ou então através do diafragma, que é a respiração abdominal.

Observe uma criança pequena dormindo. Veja como sua barriguinha sobe e desce, numa calma de fazer inveja. Essa é a respiração diafragmática ou abdominal. Agora lembre-se dessa mesma criança chorando ou assustada. Essa é a respiração torácica.

Quando você enche o peito de ar, encolhendo a barriga, está usando apenas a musculatura do tórax. Esse é o tipo de respiração de quem está fazendo um exercício físico intenso. E é também o tipo de respiração de quem está sob pressão. Nesse último caso, ocorre uma superficialização dos movimentos, entrando menos ar em cada movimento, mas com um grande número de inspirações e expirações. O resultado é acúmulo de ar viciado, pobre em oxigênio, além de tensão muscular. Já a respiração diafragmática ocorre em situações de calma e, muito importante, é capaz de diminuir a reação de alarme.

O diafragma é o músculo que separa o abdome do tórax, e pode ser controlado com um mínimo de atenção. Experimente as seguintes recomendações, pratique por poucos minutos ao dia, e confira os resultados! Antes de modificar seu padrão de respiração, passe a observa-lo. Veja como você respira quando sob pressão, usando sua lista de estressores, e aqui vale tanto um susto no trânsito quanto uma reunião de trabalho. Na seqüência, procure verificar sua respiração quando está cansado, como antes do almoço ou no final do expediente. Nesta fase, não modifique. Apenas observe.

Num local calmo, em casa, passe a provocar a respiração diafragmática, da seguinte maneira:

– deitado, coloque uma mão na barriga, logo acima do umbigo, e a outra no peito.

– inale muito lentamente, procurando fazer de sua barriga um balão expandindo-se. A mão da barriga deve subir e a mão do tórax deve se mexer muito pouco. Respire com muita calma, de maneira regular e suave.

– expire muito lentamente, mais ou menos na mesma velocidade que inspirou. Deixe sair todo o ar. Se aguentar, fique um ou dois segundos antes de começar um novo ciclo.

– se pensamentos começarem a interromper sua concentração, você poderá contar o tempo que está passando, como um mil, dois mil, três mil, etc. sendo que cada um desses números cantado mentalmente equivale a aproximadamente um segundo. Outra maneira é desenhar também na mente um círculo que se completa a cada ciclo de respiração, imaginando metade na inspiração e metade na expiração.

– é possível que suas primeiras experiências o deixem com alguma tontura. Não force o organismo, este não é um desafio e muito menos uma competição. Vá devagar e procure se adaptar aos poucos.

Quando estiver dominando a técnica você conseguirá desencadear a respiração abdominal quando precisar. Passe a empregá-la em situações de tensão. Pode ser no meio de uma reunião (ninguém vai notar), meio minuto antes de atender àquele cliente importante, no meio do trânsito.

Essa prática é facílima e sem querer você não apenas irá melhorar dos sintomas, mas também já começa a monitorar as situações que o deixam mais tenso.

Retirado parcialmente do livro: A Hora da Virada: enfrentando os desafios da vida com equilíbrio e serenidade. Ed. Saraiva. 4a. edição – Cyro Masci

Fonte: http://www.masci.com.br/


Veja também o texto sobre Respiração Para Curar a Sua Vida.


Conteúdo incluído em 11/02/2004

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Um comentário

  1. Ana Maria Noronha do Nascimento disse:

    Me ajudou muito, diminuiu a ansiedade, obrigada

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