Alinhamento Sistêmico

Nota

Este texto faz parte do Livro  Práticas de Cura e Expansão de Consciência da Vivência em Cura, estando apresentado dentro do formato padrão de todos itens lá expostos, seguindo o escopo Grau de Dificuldade, Técnica, Relação com a Percepção etc.

Grau de Dificuldade

Quando se recebe de um terapeuta, individualmente ou em um grupo, é fácil de receber.


 Para fazer a si mesmo(a), irá variar de acordo com o grau de autoconhecimento da pessoa, sua visão sistêmica, a questão em si a ser alinhada e o domínio da técnica ou prática a ser utilizada. Os efeitos ocorrem naturalmente e vão sendo integrados ao longo do tempo, ou seja, são fáceis de serem absorvidos. Entretanto, há uma sutileza em se saber deixar essa integração ocorrer naturalmente com cuidado para evitar que padrões mentais, emocionais e de comportamento antigos atrapalhem ou mesmo desfaçam o que foi alinhado..

Técnica

A forma mais fácil de receber um alinhamento sistêmico é participar de uma constelação sistêmica ou familiar  [1], a qual pode ser realizada em grupo ou individualmente. Em sua forma mais tradicional, as constelações são em grupo, onde se reúne certo número de pessoas sendo uma dentre elas constelada a cada vez. Nesse momento, a pessoa expõe sua questão a ser trabalhada e o terapeuta condutor do grupo, geralmente após muito breves informações sobre essa questão, lhe pede para escolher, dentre os presentes, representantes para as pessoas e/ou questões a serem vistas e posicionar no centro do salão enquanto os demais permanecem sentados, geralmente de forma circular, observando. Na maioria da vezes, a própria pessoa escolherá um representante para si mesma e mais alguém ou alguma coisa. Então, poderá ser montada, por exemplo, representações para ela, sua mãe e seu pai; ela, seu cônjuge e filhos; um representante para ela e outro para seu trabalho e/ou profissão e assim por diante.


[1] As constelações inicialmente foram chamadas familiares. Atualmente, vêm ganhando mais força o termo “sistêmicas”, a partir do entendimento de que as relações são baseadas em sistemas, sendo a família um deles. Outros podem ser os organizacionais (nas empresas), os pedagógicas (no sistema de ensino) e assim por diante.


Num primeiro momento, o mais interessante e impressionante nessas constelações é que as pessoas que estão representando ali outras pessoas que elas não conhecem, nunca viram e muito pouco ficaram sabendo a respeito delas na entrevista inicial, sentem e refletem senti­mentos e inclusive formas de ser (trejeitos, forças de expressão, dores crônicas etc) daqueles a quem estão representando. Para quem nunca teve contato com isso, ler aqui uma informação como essa pode ser curioso. Alguns podem se aprofundar e procurar saber um pouco mais, ler a respeito, ouvir relatos daqueles que já participaram de dinâmicas assim e acharem ainda mais interessante. Entretanto, nenhuma teoria ou estudo irá suplementar ou substituir os dois próximos estágios de absorção e impressionamento em relação à força desse fenômeno: o primeiro é estar presente em uma dinâmica dessas e assistir presencialmente a força dos fatos e desdobramentos ali na sua frente, presenciando sua veracidade e poder; o segundo é você mesmo(a) ser convidado a representar alguém que você nunca viu e a partir dali começar a sentir em si mesmo(a) sensações muito interessantes sem saber ao certo de onde elas vêm. Hoje, a ciência, com o avanço da física quântica, começa a alcançar uma base de conhecimentos que explicam esse fenômeno, dentre eles o conhecimento de que é da natureza do campo estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Dessa forma, o campo representado, por exemplo, da família de origem do constelado (ele, pai, mãe e irmãos…), pode encontrar-se no exato momento da constelação espalhado geograficamente por centenas ou até mesmo milhares de quilômetros de distância entre todas as pessoas envolvidas e, ao mesmo tempo, também se manifesta simultaneamente ali no novo campo que foi montado com seus representantes no salão da vivência de constelação. Bem, esta apresentação inicial teórica introdutiva é apenas para dar uma ideia a quem nunca viu esse tipo de dinâmica e está seguindo aqui buscando novas formas de cura e expansão de consciência e ainda não teve qualquer contato com esse tipo de prática, mas, como dito, é pálida em relação a uma vivência em loco dessa natureza. Veja por si mesmo(a), se dê esse presente, e sentirá essa força curadora. Agora, o mais interessante está por vir. Foi dito que num primeiro momento o mais interessante é esse refletir dos sentimentos dos representados em seus representantes, sendo o mais transformador a capacidade que movimentos feitos dentro desse campo de representa­ção e também a observação bem intencionada e guiada por parte do constelado de seu próprio campo têm poder de transformação profundo em sua vida e também nos demais envolvidos do sistema representado, mesmo que alguns dos membros representados se quer saibam desse movimento feito. 

Outra faceta interessante das constelações é que a colocação de milhares desses campos levou à percepção de leis que regem os sistemas. Veja bem, não foi uma teoria desenvolvida ou pensada sobre as relações humanas e dos sistemas que foi aplicada à prática da colocação desses campos. Foi o contrário: a observação atenta e sem preconceitos do que ocorria nesses campos levou ao entendimento de leis que regem as relações e os campos. Então, verificou-se que restabelecer essas leis nessas representações redundava em alinhamento nos campos dos representados. Mesmo observando-se a existência dessas leis, essa faceta de observar previamente o que os campos dizem por si só, deu às constelações uma característica de serem fenomenológicas, pois tanto em sua fundamentação como em sua prática, a cada vez que são colocadas, não se parte de pressupostos teóricos ou prévios, mas, muito antes da observação dos fenômenos que ocorrem uma vez o campo posto. Caso esteja um pouco etéreo pra você o que está sendo dito sobre essa característica de as constelações serem fenomenológicas, fique tranquilo(a) em relação a isso e não se atenha a essa informação no momento, pois você está sendo preparado(a) para receber esse tipo de cura e alinhamento e mais lá na frente ela lhe fará bem mais sentido. Na hora certa, quando você ouvir falar novamente dessa fenomenolo­gia, ela lhe será mais fácil de entender e absorver, pois esta informação está lhe sendo passada aqui e ficará registrada em seu inconsciente. Além da forma mais tradicional em grupos, essas constelações também podem ser postas individualmente, apenas com terapeuta e constelado. Para montar esses campos, podem ser utilizadas técnicas diversas, como montagem do campo com bonecos ou pequenos obje­tos representando as pessoas e situações reais envolvidas; exercícios de visualização em frente a determinadas pessoas, falando determina­das coisas ou realizando pequenos ritos simples (como, por exemplo, uma reverência) e outros recursos diversos que poderão ser vistos e conhecidos por quem quiser se aprofundar mais nessa prática. Uma forma de constelação individual muito interessante e com bastante facilidade e alcance de aplicação são as constelações on-line, possíveis de ocorrerem em plataformas específicas (programas e sites) da internet que possibilitam terapeuta e cliente interagirem simultane­amente em um ambiente 3D no qual é possível ambos inserirem e fazerem movimentos nas pessoas e figuras postas nesse campo. É incrível como o campo se manifesta de forma profunda mesmo virtualmente e os movimentos e curas realmente ocorram nas pessoas que, inclusive, emocionam-se muito trabalhando em seus próprios campos postos dessa maneira.  [1]


[1] Veja na página da Vivência em Cura (  vivenciaemcura.com.br/constelacao-familiar/) as informações e procedimentos para marcação de uma constelação On-line com o Luiz Berto, Idealizador deste Projeto.


Também é possível a própria pessoa realizar alguns alinhamentos sistêmicos para si mesma, sem a ajuda de um grupo ou terapeuta. Veremos um pouco dessas possibilidades aqui mesmo. Uma das formas mais interessantes para se abrir a este tipo de prática é a pessoa começar a frequentar grupos de constelações vez por outra, participando como plateia e/ou representante, sem ela mesma ser a pessoa a ser constelada. Dessa forma, ela irá conhecer a força desse tipo de dinâmica, terá oportunidade de conhecer diferentes terapeutas conduzindo grupos distintos e terá, assim, melhores condições de saber qual questão inicial sua irá querer levar para qual terapeuta e/ou grupo quando sentir que chegou a vez dela mesma ser constelada. Normalmente, os grupos variam bastante em relação a seus participantes a cada vez, pois as pessoas que comparecem a cada dia costumam variar, ficando mais estável o terapeuta, seu jeito e forma de conduzir o processo e um pequeno grupo de pessoas dentre as demais que costuma gostar de participar mais desse ou daquele grupo de constelação com esse ou aquele terapeuta, havendo grande variação entre os demais participantes. 


Para quem vai participar como plateia ou representante nesses grupos, normalmente, os valores pagos são bastante baixos, uma ajuda de custo para lanche e locação do espaço, muitas vezes não sendo cobrado mesmo nada, sendo que arcam com os custos principais geralmnete aqueles que previamente já se candidataram a serem constelados. Embora varie muito o número de constelações em cada evento desses e seu formato, você pode considerar as seguintes médias e formatos como parâmetros: há grupos que costumam ser de um único período (manhã, tarde ou noite), ocorrendo de uma a quatro constelações num período assim; outras podem ser de um dia todo com intervalos para lanche ou almoço, ocorrendo de quatro a oito constelações num único dia; há ainda imersões de um final de semana todo de constelações com um mesmo grupo, onde todos ou quase todos podem chegar a ser constelados até o final do encontro. Esses grupos podem variar em média de cinco a trinta pessoas e comportando até mesmo números maiores de pessoas em eventos mais especiais, com palestras de apresentação do método. Geralmente, quem vai para participar como plateia poderá ser convidado em algum momento a representar o pai, a mãe, o irmão de alguém ou algo assim. Sempre é dado à pessoa convidada a represen­tar a possibilidade de recusar o convite. Entretanto, recomenda-se que a pessoa se dê o presente de aceitar o convite e representar, recebendo ainda mais fortemente os aprendizados e curas disponíveis, vivenci­ando por ela própria a força e bênção de participar de um campo de constelação e cura. Para receber as graças e benesses de uma constelação não é necessário que se seja constelado, basta participar como plateia ou representante, pois as curas, mesmo nessas configurações, já são recebidas intensamente por aqueles que participam de uma forma ou de outra, por vários motivos. As mães, os problemas e os desafios só mudam de endereço e de CPF, o resto é igual para todos nós. Brincadeiras à parte, o que acontece é o seguinte: você pode beneficiar-se profundamente participando como plateia ou representante do campo de outra pessoa de várias formas, dentre elas:

  • Identificando-se profundamente com a situação representada. Não raro, uma pessoa é chamada para representar numa situação muito parecida à sua própria, muitas vezes no mesmo papel e contexto em que se vê em sua própria vida. Mesmo que não esteja representando, muitas vezes assiste a uma montagem muito parecida e próxima a do seu próprio campo familiar, vendo ali o desdobrar de soluções que lhe cabem da mesma forma;
  • A situação pode não ser a mesma da sua vida, talvez nem mesmo parecida, entretanto, o sentimento pode ser o mesmo. Alguém pode estar trazendo uma questão, por exemplo, de uma culpa profunda por ter se separado de alguém numa situação desfavorável. Isso pode não ser o seu caso, mas você pode trazer uma culpa profunda por ter magoado alguém com quem convive até hoje em determinada situação. Nesse caso, o tema da culpa e como ele pode ser trabalhado e dissolvido pode lhe caber como uma luva…;
  • Pode ser que uma situação ou mesmo um sentimento trabalhado não lhe digam respeito de uma forma ou de outra. Entretanto, a cura sempre diz respeito a todos nós. Participar dela nos torna proficientes em reconhecê-la e aplicá-la. Ver como soluções de cura são apresentadas em casos diversos nos torna mais abertos e afiados como canais de cura para manifestá-la, indicá-la e recomendá-la a cada nova situação com a qual nos deparamos com as mais diversas pessoas ao longo da nossa jornada.Então, essa é a primeira, simples e fácil forma de fazer e trazer alinhamento sistêmico para sua vida: procure saber sobre constelações familiares ou sistêmicas em sua cidade; vá aos primeiros encontros dos quais puder participar como plateia e/ou representante; conheça grupos e terapeutas diversos participando dessas dinâmicas; quando sentir o seu momento, escolha sua questão a ser trabalhada e vá você mesmo(a) para ser o constelado(a). Dois: uma vez tendo participado dos grupos, mas se sentido acanhado(a) para expor sua questão em um deles para um número maior de pessoas, escolha aquele(a) terapeuta com o(a) qual mais tiver se identificado e peça uma constelação individual com bonecos, on-line ou outra forma que ele(a) a realize. Três: conheça sobre as ordens e leis sistêmicas e as aplique em sua vida, diretamente na prática e também fazendo pequenos ritos simples para incorporá-las e honrá-las. Iremos falar de algumas dessas coisas agora.   Bem, a primeira coisa é conhecer sobre essas ordens, que podemos chamar de ordens do amor ou ordens sistêmicas e a primeira é:


No sistema familiar, todo mundo tem direito a pertencer IGUALMENTE

Nasceu na família? Faz parte dela com igual direito de pertencimento a todos os seus demais integrantes. Essa primeira ordem pode ser chamada de lei do pertencimento. Isso é uma ordem natural e óbvia, entretanto é quebrada várias vezes e de várias formas, inclusive as mais contundentes e graves, em casos de banimento ou brigas após as quais simplesmente torna-se proibido falar sobre aqueles que foram excluídos ou postos para fora. Em formas mais sutis, alguns se acham com mais direito de pertencer ao grupo familiar do que outros, achando-se melhores ou mais merecedores em decorrência de características morais “mais nobres ou elevadas” ou em decorrência de credo, convicções políticas e até mesmo características físicas ou qualquer coisa assim. Há ainda banimentos e esquecimentos mais sutis ainda, mas mesmo assim danosos ao sistema familiar como um todo e, consequente­mente, a seus integrantes, mesmo aos de gerações posteriores e que se quer participaram das exclusões, pois a montagem de milhares de campos nos revelou que um membro excluído de alguma forma em uma geração será representado por outro em uma geração posterior, o qual muitas vezes se quer sabia da existência daquele parente ou ancestral mais distante, identificando-se com seu destino e trazendo suas questões à tona para serem de alguma forma reconhecidas e representadas. Nesse sentido, a consciência ou alma do sistema familiar prevalece sobre a consciência ou alma do indivíduo que, muitas vezes, se vê diante de um destino difícil sem se quer ter consciência das origens de sua identificação. Dessa forma, por exemplo, um viciado em jogo que perdeu a casa da família no carteado e que foi moralmente condenado e excluído por conta disso de várias formas, passando por diversas condenações, vergonhas e humilhações, pode eventualmente ser representado, por exemplo, por um neto ou sobrinho neto que terá dificuldades em todos os seus empreendimentos financeiros ou mesmo uma tendência a vício e jogos… A esse tipo de ligação é dada a alcunha de emaranhamento: pessoas que se encontram emaranhadas em suas vidas e destinos em decorrência de acontecimentos passados aos quais não se foram dados os devidos alinhamentos, ou sobre os quais os participantes da família ou do sistema tomaram decisões de cisão e não de integração em rela­ção a todos os envolvidos, desdobrando daí cargas sistêmicas que afetarão a todos os envolvidos, mesmo nas gerações posteriores, até que se ocorra a correspondente integração, reconhecimento ou acerto. Sabemos todos muito bem dos tipos de preconceitos e banimentos abertos ou velados que são manifestados em quase todas as famílias.Dessa forma, e sem meias palavras, todos têm o mesmo direito de pertencer: bichas, drogados, “veados”, maconheiros, ladrões, prosti­tutas e por aí vai. A própria evolução social vem demonstrando e acertando os preconceitos anteriormente tão “certos” em nome da “boa moral”. 

Neologismos como bullyng  e homofobia ajudam a soci­edade a evoluir em cima de conceitos e padrões que antes eram comuns e que hoje se mostram totalmente prejudiciais à humanidade como um todo. Banimentos e esquecimentos menos evidentes ainda podem ocorrer. Um muito comum é em relação a irmãos cuja gravidez não chegou a termo ou mortos precocemente. Muitas e muitas vezes esses irmãos não são contabilizados ou mencionados. Quando se pergunta a determinada pessoa quantos irmãos ela tem, esses irmãos não são ou nunca foram considerados… Dentro desse contexto dos irmãos precocemente mortos ou que se quer chegaram a completar sua gestação em tempo de terem ao menos um único dia de vida, há práticas simples que podem ser feitas tanto dentro dos campos de constelação quanto de diversas formas. Uma delas, bem simples, é que esses irmãos passem a ser considerados ao se citar o número de irmãos. Por exemplo: “Sou o terceiro de quatro, sendo que o nosso primeiro irmão mais velho não chegou a nascer, sua gestação foi interrompida no oitavo mês”. Para esse tipo de filho, cuja gestação não chegou a termo, muitas vezes se quer foi dado um nome. Uma prática bem vinda nesses casos é que os pais, quando possível, ou os próprios irmãos, quando não for mais possível aos pais, deem um nome a ele, coloquem seu nome em um ritual religioso em intenção dos mortos, como em uma missa, por exemplo, e peçam para que seu nome seja citado durante o ritual, honrando assim sua passagem e existência. A um irmão precocemente falecido, com poucos dias, meses ou anos de vida e do qual nunca mais se falou, pode-se, por exemplo, voltar a colocar uma foto sua em um altar ou memorial de alguma parte da casa, agradecendo-lhe intimamente por sua passagem na Terra e pela breve missão cumprida, a qual muitas vezes nos beneficiou bastante sem que ao menos saibamos disso, tendo levado cargas pesadas que, de outra forma, poderiam ter recaído sobre nós próprios… Se há algo assim em seu sistema familiar, em um momento de silêncio, concentração e oração, você pode dizer palavras profundas e sinceras do tipo “Querido irmão/irmã, eu lhe agradeço por ser meu/minha irmão/irmã mais novo/velho, por ter vindo antes/depois de mim, por fazer parte de meu sistema familiar e de ter cumprido sua nobre função aqui neste mundo, abrindo o caminho pra mim  [1], levando consigo cargas que eu mesmo não precisei levar”.

[1] Esta passagem é especialmente potente para o caso de irmãos mais velhos, especialmente em relação àqueles que ficaram como os mais velhos dentre os vivos…

Momentos e alinhamentos dessa natureza quando feitos com assertividade podem trazer uma leveza impressionante para a vida de várias e várias pessoas. A lei do pertencimento desdobra-se de várias formas em relação à posição que cada um representa dentro de um sistema familiar. Embora óbvio, muitas vezes isso é negligenciado. Então, se não quer gastar dinheiro com terapia (risos…), cada um deve assumir seu papel dentro da família e tão somente aquele papel. Dessa feita, o pai deve ser o pai, a mãe, mãe, o filho mais velho, filho mais velho e assim por diante. Óbvio, né? Mas, para desassossego de muitos, várias vezes isso é quebrado e filhos se colocam como os pais de seus próprios pais, irmão mais novo se porta como se fosse o mais velho e assim por diante, de várias e várias formas diferentes, nas mais distintas configurações desarmônicas. Um desdobramento disso é quando filhos intrometem-se na relação dos pais, por exemplo, influenciando na continuidade ou término de seus casamentos. Filhos são sempre filhos em relação a seus pais, sempre os pequenos. Um casal deve andar ombro a ombro, ou seja, lado a lado, pois são iguais em sua relação. Seus filhos vêm depois, seus respectivos pais vêm antes, numa linha do tempo harmônica. Quando filhos se intrometem na relação de seus pais, colocam-se lado a lado com esses ou, pior ainda, acima desses. As relações íntimas e afetivas de pais não é assunto dos filhos, a esses últimos cabe apenas aceitar e acolher o que vem das relações amorosas de seus pais. Para se ter uma ideia da gravidade disso, quando filhos intrometem-se na relação de seus pais, de acordo com o nível de interferência e gravidade das mesmas, milhares de casos e observação de campos e de fatos na vida real mostraram que essas interferências se desdobram em sua quase totalidade para os próprios filhos ou, talvez pior ainda, para seus próprios filhos, netos dos pais em questão, em falências, doenças mentais ou suicídio. Grave, né?   Pois é: dê bastante atenção e importância ao estudo, conhecimento e honra às ordens do amor e colha os frutos. Ignore-as e acabará, como muitos de nós, exposto(a) a seus efeitos sem ao menos saber dessas ligações. Outro alinhamento prático possível então: não se intromenta nos assuntos de relações afetivas de seus pais, apenas concorde e respeite o que eles decidirem; não permita que seus filhos se intrometam em suas relações afetivas, mantenha-os afastados disso: “Mãe, por que você brigou com o papai?” / “Filho, isso é entre eu e seu pai, não diz respeito a você. De qualquer forma, não importa o que haja entre eu e ele, eu continuo sendo sua mãe e ele será sempre o seu pai”… Concluindo sobre essa primeira ordem do pertencimento, podemos ver sua consonância com o conhecimento das Respostas de Cura   [1], na qual a primeira defesa a ser formada em qualquer ser, a “desconectada”, está ligada justamente à questão de a pessoa ser aceita no mundo exatamente da forma que se é, sob o princípio de que pertencemos, todos, a tudo o que existe e nada está fora da existência. A segunda ordem do amor é:

Hierarquia



Essa ordem desdobra-se no seguinte: quem chega primeiro ao sistema tem precedência e prioridade em relação a quem chega depois. Assim, o sistema é formado primeiramente pelo casal, que entra nele ao mesmo tempo. Depois, a partir da consumação de seu amor ou ato sexual, seja ele em qual situação for, vêm os filhos, primeiro o filho mais velho, depois, o segundo, e assim sucessivamente.

[1] Respostas de Cura – conteúdo disponível em  PDF gratuitamente no site da Vivência em Cura ou também no livro  Caminhos da Cura.

No que já foi dito nas práticas citadas de honrar os irmãos que foram esquecidos no sistema, essa ordem da hierarquia é restabelecida. Essa ordem também tem grandes desdobramentos e pode ser equali­zada quando há negligenciamento de parceiros anteriores daquele com quem se está tendo uma relação atualmente. Para aprofundar nisso, vamos falar mais do outro desdobramento da lei da hierarquia que é em relação à ordem dos sistemas. Em relação à ordem das pessoas, já vimos que quem vem primeiro, tem prioridade em relação a quem vem depois. Em relação aos sistemas, aquele que vem depois prevalece sobre aquele que vem antes. Assim, o sistema atual de uma pessoa (ela, seu cônjuge e filhos) prevalece sobre seu sistema de origem (ela, seus pais, irmãos etc) bem como, o parceiro e filhos do casamento atual prevalecem sobre o(a) ex-parceiro(a) e filhos da relação anterior.

 Nesse tipo de caso, há, então, uma ordem dupla, os primeiros têm precedência, os posteriores, prevalência. Se qualquer dessas ordens é desrespeitada ou negligenciada, haverá desequilíbrios e suas consequentes consequências. Votando, então, ao já dito sobre emaranhamentos, vamos tomar um exemplo muito comum e milhares de vezes já verificado em casos reais: um parceiro ou parceira importante na vida do cônjuge não é reconhecido ou negligenciado. Então, um filho ou filha desse casal identifica-se inconscientemente com esse ex-parceiro negligenciado e se coloca em oposição ao genitor do mesmo sexo, numa posição de conflito, enquanto procura ocupar o lugar de parceiro de seu próprio pai ou mãe ao invés de colocar-se na posição de filho dele(a). Ai caramba…, como isso é comum e quantos desdobramentos desastrosos constatamos desse emaranhando, tanto na vida desse casal considerado como no casamento desse próprio filho ou filha identificado com aquele(a) ex parceiro(a) não reconhecido(a) ou, pior ainda, injus­tiçado(a), pois enquanto a pessoa não resolve essa questão em sua família de origem, sua própria relação afetiva em sua relação atual, quando já tiver atingido a sua maturidade, estará fadada ao fracasso, pois há um emaranhamento desalinhado lá atrás, em sua formação, que ainda não foi acertado e que influirá em todas as suas relações, fazendo-a procurar papeis invertidos e desequilibrados, impedindo-a de se colocar numa relação daquela forma equilibrada em referência à postura de um casal que citamos lá atrás: lado a lado, ombro a ombro, pois ainda estará refletindo seu padrão anterior de procurar um “filhi­nho” ou “filhinha” para cuidar e não um marido ou esposa ou algo assim. Bem, como fazer o alinhamento nesses casos? Como dissemos, em constelações conduzidas em grupos ou individualmente isso aparece com bastante evidência e os representantes têm a oportunidade de, num ambiente bem conduzido e seguro, falarem frases e fazerem pequenos ritos simples porém significativos, poderosos e profundos com poder de influenciar beneficamente aqueles que estão sendo representados, mesmo que esses estejam a milhares de quilômetros de distância ou mesmo já tenham falecido. Parece impressionante e o é. Mas, como dito no começo das explanações sobre esta técnica, uma coisa é ler e saber sobre isto tudo, a outra é participar você mesmo(a) disso tudo e vivenciar em sua própria vida… 

Um alinhamento e equalizações muito profundos ocorrem quando, por exemplo, uma atual companheira que não reconhecia uma parceira anterior do marido, especialmente que tenha se beneficiado do término de sua relação de forma dolorosa para que seu casamento tenha sido possível com esse companheiro, diga àquela primeira mulher (quer por intermédio de uma representante em uma constelação ou mesmo num momento sincero de concentração ou oração, em uma carta  [1], pessoalmente ou em seu coração): “Você é a primeira, eu sou a segunda mulher dele. Você vem primeiro, eu venho depois. Sinto muito por sua dor pelo término da relação com ele e reconheço que minha felicidade com ele custou esse preço a você”.

[1] Essa carta não precisa ser enviada (muitas vezes será até inconveniente fazê-lo), basta que seja escrita com sinceridade, respeito e concentração.

É realmente impressionante o quanto de cura um momento assim pode gerar e quantas pessoas em gerações distintas podem se beneficiar de um alinhamento e um reconhecimento assim, evitando muitas vezes vidas inteiras de infortúnios. Uma das belezas mais profundas das constelações sistêmicas e familiares é irem além do nível do ego e trabalharem no nível dos sistemas e de consciências mais amplas às quais muitas vezes somos impedidos de atingir quando trabalhamos apenas no nível da personalidade limitada. Se a prisão no nível da personalidade é grande, quando partimos para o nível dos sistemas, as libertações também são proporcionais ao tamanho das prisões e limitações enquanto no nível do ego. Enquanto maior a prisão da personalidade, maior a libertação no nível do sistema e os benefícios são não apenas para uma pessoa envolvida, mas para todas. No nível dos sistemas nos libertamos do enquadramento de vítimas e algozes e conseguimos perceber e nos beneficiar na prática de um outro entendimento que a física quântica vem percebendo e nos preparando para trazer não apenas ao nível do entendimento, mas também de nossas emoções e manifestação: SOMOS UM.   Não há vítimas ou algozes, esse é um conhecimento que vai bem além de muitas das atuais formas pensamento dominantes atualmente na Terra e que nos puxa para novos paradigmas capazes de trazer a enorme atual demanda de cura necessária neste momento em nosso planeta. A terceira ordem do amor é:

Equilíbrio entre dar e receber.

Essa ordem observa que as relações devem manifestar equilíbrio entre o dar e o receber, caso contrário elas estão fadadas a desandarem. Uma exceção a essa lei é em relação a pais para com seus filhos, nesses casos, os pais dão e os filhos recebem, começando pela própria vida, à qual é impossível aos filhos retribuírem algo em troca. Entretanto, muitas vezes isso é quebrado e os filhos tentam assumir pesos de seus pais que não lhe dizem respeito, numa vã tentativa de retribuírem pelas vidas que receberam. Os sofrimentos e pesos para todos os envolvidos são danosos e duram enquanto não for restabelecido o fluxo natural do dar e receber nessas relações. Relações de professores e aprendizes assim como de mestres e discípulos também trazem esse desequilíbrio natural entre o dar e o rece­ber. Para as demais relações, especialmente entre casais, amigos, colegas de trabalho e na vida e todas as outras entre aqueles que se encontram em nível de pares, em decorrência de sua condição equivalente, ela deve ser bem observada e manifestada para que as rela­ções possam florescer e gerar frutos para aqueles que nela se encontram. Quando um filho tenta pegar de seus pais algum peso desses últimos ou lhes retribuir pela vida recebida, coloca-se de igual tamanho a eles ou como superior. Quando o filho diz ao pai em seu coração “Você é o grande, eu sou o pequeno” ou “Você é o pai, eu sou o filho” esse equilíbrio é manifestado em sua essência e as coisas que não estavam bem podem se acertar. 

Quando em um casal, um dá mais que o outro, as coisas vão mal. Quando um dá e o outro recebe e, como ama aquele de quem recebeu, resolve lhe retribuir acrescentando um pouco a mais, pois o ama, há um ciclo crescente de doação entre os dois envolvendo e ancorando seu amor.  Então, como praticar o equilíbrio do dar e receber no dia-a-dia? Equalize as trocas com seus pares, cultive relações de equilíbrio com eles. Honre e valorize a vida que recebeu de seus pais, fazendo algo de construtivo com ela. A única forma de retribuirmos a vida recebida é transmitindo-a adiante, para nossos filhos, quando nossa vez chegar. Não sendo esse o caso, transmitir bênçãos diversas a todos os seres através de nossas ações e projetos no mundo. Bem, estes são apenas  highlights dessa delícia curativa que são as constelações sistêmicas e você pode pesquisar muito material sobre elas na internet, inclusive vídeos de muitos campos reais colocados, bem como ler livros de seu principal sistematizador, Bert Hellinger. Procure por seu nome no site da  Atman Editora, responsável por suas publicações no Brasil. Nessas publicações você terá disponível além do aprofundamento das ordens do amor e várias de suas aplicações e nuances, a apresentação de centenas de casos reais de constelações e campos realizados. A absorção de cada um desses campos lidos pode chegar a corresponder à de um campo que você teve a oportunidade de estar presen­cialmente. 

Você verá nesse estudo sobre muitos outros desdobramentos e aprofundamentos do que foi posto aqui com o propósito de lhe dar uma primeira luz sobre o assunto e despertar sua atenção para aprofundar-se e envolver com as constelações, um movimento em plena ebulição e também de um dos seus desdobramentos em surgimento atualmente, o “movimento do espírito”. Aprofunde-se e você verá um pouco mais, por exemplo, sobre algumas nuances em relação à ordem do pertencimento em relação às empresas: assim como na família todos têm igual direito a pertencer, nas empresas isso muda um pouco e corresponde, também, a o que cada um dá de retorno produtivo à organização. Se você trabalha com algum tipo de assistência ao próximo também poderá ver com mais detalhes sobre as ordens da ajuda e assim por diante. Siga em frente. Boa viagem.

Predomínio Sutil / Físico-denso

As constelações têm um predomínio bastante sutil, agindo em muitas e muitas camadas vibracionais muitas vezes difíceis de captar todas elas. Muitas e muitas vezes, as relações expostas nos campos são tão evidentes que nos parecem ser densas e grotescas de tão gritantes e evidentes por terem sido negligenciadas. Durante a colocação do campo as ações ocorridas são tão veementes que podemos apressadamente concluir que a partir dali os alinhamentos realizados são como decretos de cura que afetam imediatamente a todos os envolvidos. Entretanto, isso pode não ocorrer e até mesmo ser bloqueado pelo constelado de uma forma ou de outra. Em sua essência, a constelação proporciona, dentre outras coisas, ao constelado, uma nova visão sobre si, sua situação e sistema, cabendo-lhe absorver isso e deixar que essa nova perspectiva lhe abra portais e isso é bastante sutil, embora seus efeitos possam muitas vezes nos parecer densos em decorrência de seus efeitos tão profundos em nossas vidas…

Propósitos Intrínsecos

Alinhar o sistema, dar ordem ao que estava desordenado, devolver a quem de direito tanto os pesos quantos os méritos e reconhecimentos, proporcionar curas profundas e definitivas além da camada do ego e até mesmo para além daquele que procurou a constelação ou o alinhamento, beneficiando o sistema familiar, pedagógico, organizacional e humano como um todo.

Efeitos relacionados possíveis

Os mais diversos ligados à cura, esclarecimento e expansão de consciência. Sensações de estar mais leve, seguindo sem pesos anteriores e mais desimpedido(a) são bem frequentes; abertura de caminhos que antes encontravam-se bloqueados; reconciliação e aceitação com seu próprio destino e de terceiros; outros tantos ligados a cada caso e questão específicos apresentado para cada pequeno rito realizado, campo ou constelação postos.

Sugestão de intensidade

No geral, uma constelação costuma gerar um efeito de médio a longo prazo para quem foi constelado, podendo durar de meses a alguns poucos anos até que tudo o que foi mexido em um campo possa completar todos os ciclos de reverberações e ajustes em todos aqueles que foram afetados pela colocação do campo, tendo-se em vista seu foco principal: aquele que foi constelado. De qualquer forma, em dinâmicas para grupos de pessoas em constelações, algumas práticas podem ser colocadas para várias pessoas ao mesmo tempo, trabalhando-se vários pequenos aspectos de coisas e não a colocação de um campo completo. Em situações assim, como, por exemplo, numa prática coletiva de reconhecimento e reverência de pai e mãe, os efeitos dessas atividades, embora profundos e gratificantes, podem deixar os participantes mais à vontade para participar de novos exercícios assim ou colocarem campos de constelação completos para si em períodos bem mais breves em relação a quando se põe um campo completo específico para uma única pessoa.

 Já para aqueles que participam como plateia ou representantes dos campos, não sendo eles próprios o “epicentro” (risos) do campo posto, aí não há limite de participações, cabendo a cada um decidir livremente por si mesmo sem restrições ou limites, podendo participar, por exemplo, de imersões e imersões de finais de semanas inteiros seguidamente por vários períodos consecutivos. É normal, após as primeiras participações em campos assim, especialmente de imersões, algumas pessoas sentirem-se mexidas ainda por alguns dias, percebendo reverberações de tudo o que foi visto e mexido até mesmo em seus sonhos, mas, no geral, isso não chega a ser nada demais em termos de efeitos ou restrições a ser participar em novas rodadas, campos ou imersões de constelação.


O que pode dissolver e/ou agregar

Pode dissolver vários emaranhamentos que perduravam já há gerações dentro de um sistema, bem como posturas e padrões de comportamento e sentimentos equivocados no que diz respeito às ordens do amor. Pode agregar mais vida e harmonia, novas formas de ver e compreender as relações, os destinos, o propósito e o significado da existência.

Relação com a percepção

Assistir e representar em um campo é maravilhoso e a percepção é bastante clara e evidente em relação à maioria das coisas que acontece. Embora cada experiência dessa natureza seja única, podendo variar bastante, não raro essas vivências são maravilhosas e gratificantes, abrindo nossas mentes numa percepção perfeitamente cristalina em relação a tudo o que ocorreu e seus potenciais em relação a realmente transformar as vidas daqueles que foram representados. Também é possível e comum uma pessoa ou outra questionar bastante em relação a tudo o que ocorreu, se foi ou não projeção daqueles que estavam representando nos campos (muitas vezes inclusive a própria pessoa que representou questiona sobre seus próprios sentimentos e representações, duvidando se ela mesma estava projetando ou sentindo coisas externas) ou, ainda, se mesmo sentido a profundidade e verdade de tudo posto se realmente chegará a influenciar posteriormente a “vida real” dos representados, especialmente daqueles que não se encontravam presentes. Bem, isso é com cada um e ainda não conheço ninguém que tenha se aprofundado nessa aventura e não tenha constatado por si próprio as mudanças ocorridas no “campo real” da vida dos participantes e representados, ao contrário: os estudos e registros com centenas de milhares de pessoas que passaram por esses campos nas últimas décadas têm mostrado mudanças efetivas frutos da colocação dos campos de constelação.

Requisitos Desejáveis

Para participar como plateia ou represen­tante, basta ter a vontade, o interesse em ir e esperar pela oportunidade correta. Como dito, para ser constelado(a), é interessante conhecer previamente algumas constelações e/ou grupos dessas práticas, embora não seja um requisito prévio. Muitas e muitas pessoas são consteladas já em seu primeiro contato com essa técnica, na maior parte das vezes em decorrência de estarem passando por alguma questão difícil e terem sido levadas por pessoas que já conheciam as constelações e sabiam de uma boa oportunidade para aproveitar. Caso sinta-se inibido(a) frente a um grupo, já foi colocado que você pode procurar por uma constelação individual. Para realizar pequenos ritos em relação a pessoas, como reverenciá-las e honrá-las, devolver pesos que não lhe pertence etc, muitas são as situações e os níveis de se fazer isso.   

Pode ser, por exemplo, que apenas ao ler isto tudo aqui você já se sinta inspirado(a) a fazer algo nesse sentido. Vá em frente. Claro que conhecendo mais sobre os campos e as ordens, tendo participando de um grande número de constelações, lido vários livros sobre o assunto etc, a pessoa terá melhores condições de fazer pequenos ritos nesse sentido com maior chance de bons resultados efetivos, inclusive podendo até mesmo se autoconstelar para algo em específico. A maior chance de “erro” para um iniciante em fazer um pequeno rito é mais uma vez trazer à tona palavras ou vibrações que não sejam realmente as melhores possíveis para a equalização daquele caso, mas, na maioria das vezes, não haverá grande mal nisso, uma vez que ela já vinha pensando e sentido coisas mesmo nesse sentido. O rito dela poderá não trazer grandes mudanças, mas pouco provavelmente trará malefícios maiores do que o que já vinha ocorrendo… Um exemplo: recentemente, estive conduzindo um cliente numa sessão on-line de EFT e sentimos a oportunidade de realizar uma prática de alinhamento sistêmico, pois ele sentia-se muito maior que seu pai. Pedi para que ele fechasse os olhos, visualizasse seu pai (com o qual passava desde sempre por diversos conflitos) e falasse algumas palavras de acerto, como “eu sou apenas seu filho, eu sou o pequeno, você é o grande” etc. Esse cliente sentia-se muito maior e melhor que seu pai em todas as áreas… Também o conduzi numa reverência a seu pai, a qual ele teve muita dificuldade em realizar. Percebi que seria necessário para seu caso uma reverência bem profunda, colocando-se primeiramente de joelhos, para se ver como o pequeno da relação (voltando à percepção da criança…) e, posteriormente, abaixar a cabeça encostando a testa no chão com as palmas da mão voltadas para cima por quanto tempo fosse necessário até sentir que o movimento havia sido suficiente para realizar a equalização. Ele teve muita dificuldade com isso. Como ele mesmo procurou justificar, seu próprio pai lhe dizia desde pequeno que ele era melhor e maior que o pai em tudo… Pois bem, passado isso, ele começou naturalmente a proferir algumas palavras e sentenças no que eu o fui ouvindo atentamente, repetindo com outras palavras coisas como as já ditas no sentido de eu sou o pequeno, você é o grande, embora você tenha dito que eu fosse melhor do que você, na realidade eu não sou etc, até o momento em que ele deixou escapar “eu não preciso mais de você”. Nessa hora, tive de interrompê-lo e demonstrar que ali ele estava novamente voltando a ser arrogante, no sentido de estar se colocando como melhor ou maior. Na realidade, uma meta dos pais deve ser tornarem-se desnecessários aos filhos, mas nesse caso, da forma como foi colocado, não estava sendo manifestada uma atitude de maturidade (não preciso mais ser cuidado…), mas, muito antes, uma raiva embutida… Pois bem, e se eu não o estivesse acompanhando nesse momento, o que haveria ocorrido? Seu eventual rito sozinho teria sido desastroso? Claro que não. Muito poderia ter sido aproveitado. Esse “deslize” provavelmente teria ficado pálido ante sua intenção de conciliar com seu pai, de ter lido sobre as ordens do amor e ter procurado um alinhamento em relação a elas em sua relação filial. Essa parte não resolvida e não acertada com certeza poderia ser resolvida numa próxima oportunidade e muito do bom feito ressalvando-se aquela parte seria aproveitado. Resumindo: comece agora com o que já sentir em seu coração. Aprofunda-se com tudo já indicado anteriormente e siga em frente aperfeiçoando sem pressa e sem perda de tempo. J Para conhecer as Constelações On-line, conduzidas por mim, acesse  vivenciaemcura.com.br/constelacao-familiar. A ilustração a seguir foi retirada de um atendimento via internet:


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